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Tragédia no Afeganistão: Terremoto deixa mais de 2,2 mil mortos e agrava crise humanitária

Publicada em: 04/09/2025 16:11 -

Um terremoto de magnitude 6,0 atingiu o leste do Afeganistão na madrugada de 1º de setembro de 2025, provocando uma das maiores tragédias naturais da história recente do país. Segundo autoridades do governo Talibã, o número de mortos já ultrapassa 2.200 pessoas, com milhares de feridos e comunidades inteiras devastadas.

Epicentro e destruição

O tremor teve seu epicentro entre as províncias de Kunar e Nangarhar, regiões montanhosas próximas à fronteira com o Paquistão. A profundidade de apenas 8 km intensificou os efeitos do abalo sísmico, que foi sentido até em Cabul e Islamabad. A vulnerabilidade das construções locais — muitas feitas de argila — contribuiu para o colapso de mais de 8 mil casas.

Em algumas aldeias, como Mazar Dara, estima-se que até dois terços da população tenham morrido ou ficado feridos. Em certos pontos, 98% dos edifícios foram destruídos.

Resgate e dificuldades

Equipes de resgate enfrentam enormes desafios para acessar as áreas afetadas, devido a deslizamentos de terra e infraestrutura precária. Centenas de corpos ainda estão sendo retirados dos escombros, enquanto sobreviventes lutam para encontrar abrigo, água potável e alimentos.

Tendas de emergência foram montadas, mas a resposta humanitária é limitada. O país já enfrentava cortes significativos na ajuda internacional, o que compromete ainda mais sua capacidade de lidar com desastres naturais.

Contexto sísmico e crise humanitária

O Afeganistão está localizado em uma zona de alta atividade sísmica, na junção das placas tectônicas indiana e eurasiática. Historicamente, terremotos têm causado grandes perdas humanas e materiais, mas este evento se destaca pela magnitude da destruição e pelo momento crítico em que ocorre.

A tragédia se soma a uma crise humanitária já existente, marcada por insegurança alimentar, deslocamentos internos e falta de acesso a serviços básicos. Organizações internacionais alertam para o risco de agravamento da situação, especialmente se a ajuda não for intensificada nos próximos dias.

 

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