Na madrugada de 19 de novembro de 2025, a Ucrânia enfrentou um dos maiores ataques coordenados desde o início da guerra. Mais de 500 drones e mísseis russos foram lançados contra cidades do oeste do país, incluindo Ternopil e Lviv, resultando em 20 mortos, entre eles duas crianças, e dezenas de feridos. O ataque, descrito pelo presidente Volodymyr Zelensky como “descarado”, deixou um rastro de destruição em áreas residenciais e infraestrutura crítica.
Escalada militar e impacto imediato
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Ternopil foi a cidade mais atingida, com prédios residenciais destruídos e serviços básicos interrompidos.
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Autoridades locais relataram que a ofensiva visava tanto alvos civis quanto militares, ampliando o clima de terror entre a população.
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O ataque ocorreu em sequência a outras ofensivas recentes contra Kharkiv e Lviv, mostrando uma estratégia de desgaste contínuo.
Reação dos países vizinhos da OTAN
O impacto não se limitou às fronteiras ucranianas. Polônia e Romênia mobilizaram caças militares para proteger seu espaço aéreo durante o ataque, em uma medida preventiva diante da proximidade das explosões. Além disso:
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A Polônia chegou a fechar temporariamente dois aeroportos, temendo que drones pudessem violar seu território.
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O episódio reforçou a vulnerabilidade da região e reacendeu debates sobre a necessidade de maior integração defensiva entre os países da OTAN.
Implicações geopolíticas
Este ataque massivo sinaliza uma nova fase da guerra, marcada pelo uso intensivo de drones em larga escala. A estratégia russa parece buscar:
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Exaurir os sistemas de defesa aérea ucranianos, obrigando Kiev a gastar recursos em interceptações constantes.
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Testar os limites da OTAN, já que qualquer incursão acidental em território aliado poderia desencadear uma resposta coletiva prevista pelo Artigo 5 da aliança.
O futuro da segurança europeia
O episódio de Ternopil expõe a fragilidade da segurança regional e coloca em evidência três pontos centrais:
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A necessidade de reforço das defesas aéreas da Ucrânia, que dependem fortemente de apoio ocidental.
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O risco de escalada internacional, caso ataques russos atinjam inadvertidamente países da OTAN.
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O papel da guerra tecnológica, com drones se consolidando como protagonistas de ofensivas modernas.
O ataque russo com 500 drones e mísseis não apenas devastou cidades ucranianas, mas também ampliou o temor de que o conflito ultrapasse fronteiras. A mobilização imediata de países vizinhos da OTAN mostra que a guerra já não é apenas um problema da Ucrânia, mas uma ameaça direta à estabilidade europeia
