A recente decisão de pintar as grades do Bosque Maia de amarelo, tomada pelo vereador Lucas Sanches, gerou controvérsia entre os frequentadores do principal parque urbano de Guarulhos. O local, conhecido por sua vegetação nativa, trilhas e áreas de lazer, agora exibe uma tonalidade vibrante que tem provocado reações intensas — e majoritariamente negativas — entre os moradores.
A cor da discórdia
A pintura foi realizada como parte de uma ação de revitalização, segundo o vereador. Lucas Sanches defendeu a escolha do amarelo como uma forma de trazer mais “alegria e energia” ao espaço público. No entanto, muitos visitantes consideram a cor destoante da paisagem natural e do estilo tradicional do parque.
“Parece que colocaram grades de escola infantil em meio à mata”, comentou uma frequentadora. Outros apontam que o amarelo forte compromete a harmonia visual do ambiente e pode até causar desconforto para quem busca tranquilidade.
Reações nas redes e no parque
A repercussão foi imediata. Nas redes sociais, moradores compartilharam fotos das grades recém-pintadas e expressaram indignação. Alguns sugeriram que a cor deveria ter sido escolhida com participação popular, enquanto outros questionaram se a ação foi realmente necessária.
No próprio parque, o assunto virou tema de conversa entre os visitantes. “A gente vem aqui para se conectar com a natureza, não para ver cores gritantes”, disse um aposentado que caminha diariamente pelo Bosque Maia.
O posicionamento do vereador
Lucas Sanches afirmou que a pintura foi feita com recursos próprios e que não houve custo para os cofres públicos. Ele também declarou que está aberto ao diálogo e que pode considerar outras cores futuramente, caso haja consenso da população.
O que está em jogo
Mais do que uma questão estética, o episódio levanta debates sobre:
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Participação cidadã em decisões urbanas
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Preservação da identidade visual de espaços públicos
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Limites entre revitalização e intervenção
O Bosque Maia é um símbolo de Guarulhos, e qualquer mudança em sua aparência naturalmente gera impacto. A polêmica das grades amarelas mostra como detalhes aparentemente simples podem mobilizar sentimentos profundos de pertencimento e cuidado com o espaço coletivo.