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Alerta em Guarulhos: sete casos de possível intoxicação por metanol estão sob investigação

Publicada em: 09/10/2025 11:46 -

A cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, está em estado de alerta após a confirmação de um caso de intoxicação por metanol e a investigação de outros sete casos suspeitos. A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde e reforçada pela Prefeitura de Guarulhos, que intensificou as ações de fiscalização contra o comércio irregular de bebidas alcoólicas.

Risco invisível: o perigo do metanol

O metanol é uma substância altamente tóxica, muitas vezes utilizada de forma criminosa na adulteração de bebidas alcoólicas. A ingestão pode causar sintomas graves como náuseas, vômitos, perda de visão e até a morte. Desde setembro, o estado de São Paulo tem registrado um aumento preocupante de casos relacionados à substância, o que levou à criação de um gabinete de crise no dia 30 daquele mês.

Fiscalização e interdições

Como resposta imediata, o governo estadual e a Prefeitura de Guarulhos intensificaram as operações de fiscalização em bares, adegas e restaurantes. Até o momento, 11 estabelecimentos foram interditados preventivamente e cerca de 20 mil garrafas de bebidas alcoólicas foram apreendidas para análise. Além disso, oito empresas — entre distribuidoras e bares — tiveram suas inscrições estaduais suspensas pela Secretaria da Fazenda e Planejamento.

Protocolo de emergência na saúde

A Secretaria de Estado da Saúde emitiu um alerta para que profissionais da área fiquem atentos a sintomas incomuns após o consumo de bebidas alcoólicas. Todos os pacientes com suspeita de intoxicação por metanol devem ser tratados com um protocolo padrão até a confirmação laboratorial. Os exames são realizados pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (Latof), da USP de Ribeirão Preto, referência nacional na área.

Números atualizados

Até o dia 7 de outubro, 18 casos de intoxicação por metanol foram confirmados em São Paulo, com três mortes registradas. Outros 85 casos foram descartados após análise laboratorial. A rápida identificação dos casos tem sido crucial para salvar vidas e evitar novos episódios.

Ações policiais e combate à falsificação

As forças de segurança também estão atuando com rigor. Desde o início da crise, 21 pessoas foram presas, incluindo um suspeito apontado como principal fornecedor de insumos para a falsificação de bebidas no estado. A Polícia Científica está analisando amostras das bebidas apreendidas para identificar os responsáveis e subsidiar as investigações da Polícia Civil.

Canais de denúncia e mobilização da sociedade

Para combater a comercialização de bebidas adulteradas, o governo estadual lançou uma campanha de conscientização e abriu canais de denúncia. A população pode relatar suspeitas pelo Disque Denúncia 181, pelo site da Polícia Civil (www.webdenuncia.sp.gov.br) ou pelo Procon-SP, no telefone 151 e no site.

Parceria com o setor privado

O governo também firmou parcerias com entidades como a Associação Paulista de Supermercados (Apas), Abrasel e Fhoresp para promover treinamentos, campanhas educativas e criar canais de comunicação direta com comerciantes. O objetivo é impedir que bebidas adulteradas cheguem ao consumidor final.

Próximos passos

O governador Tarcísio de Freitas afirmou que o Estado não tolerará crimes que coloquem em risco a saúde da população. O governo pretende solicitar à Justiça autorização para destruir estoques de bebidas adulteradas apreendidas, garantindo a segurança dos consumidores e a integridade do mercado legal.

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