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Nova faixa de isenção do Imposto de Renda deve beneficiar 15 milhões de brasileiros, enquanto alta renda absorve impacto fiscal

Publicada em: 02/10/2025 12:22 -

A recente proposta do governo federal de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) promete transformar o cenário tributário brasileiro. Com a medida, cerca de 15 milhões de contribuintes deixarão de pagar o imposto, aliviando o bolso da população de baixa renda. Por outro lado, 150 mil brasileiros de alta renda deverão arcar com o aumento proporcional da carga tributária, compensando a renúncia fiscal.

O que muda na prática

A nova política eleva o limite de isenção do IRPF para R$ 3.000 mensais, acima dos atuais R$ 2.112. Isso significa que trabalhadores que recebem até esse valor não terão mais o desconto do imposto em seus contracheques. A medida busca corrigir distorções acumuladas pela não atualização da tabela do IR nos últimos anos, que penalizava especialmente os assalariados com rendimentos modestos.

 Quem ganha

  • Trabalhadores formais com salários até R$ 3.000 passam a ter isenção total.

  • Aposentados e pensionistas também serão beneficiados, desde que se enquadrem na nova faixa.

  • Microempreendedores individuais (MEIs) e autônomos com rendimentos baixos terão alívio fiscal.

Segundo estimativas do Ministério da Fazenda, o impacto positivo será sentido por mais de 15 milhões de brasileiros, que terão maior poder de compra e menos pressão sobre o orçamento familiar.

Quem paga a conta

Para equilibrar a arrecadação, o governo propôs ajustes na tributação de altas rendas, especialmente sobre:

  • Fundos exclusivos e offshore

  • Dividendos recebidos por pessoas físicas

  • Rendimentos acima de R$ 40 mil mensais

Cerca de 150 mil contribuintes — menos de 0,1% da população — serão os principais responsáveis por compensar a renúncia fiscal estimada em R$ 20 bilhões anuais. A ideia é tornar o sistema mais progressivo, onde quem ganha mais contribui proporcionalmente mais.

Justiça fiscal em debate

A proposta reacende o debate sobre equidade tributária no Brasil, um dos países com maior carga sobre o consumo e menor sobre a renda. Especialistas apontam que a medida é um passo importante para corrigir distorções históricas, mas alertam para a necessidade de uma reforma tributária mais ampla, que simplifique o sistema e reduza desigualdades.

 Impactos esperados

  • Aumento do consumo interno, com mais dinheiro disponível para famílias de baixa renda.

  • Redistribuição da carga tributária, com maior justiça fiscal.

  • Possível reação do mercado financeiro, diante da tributação sobre fundos e investimentos.

 

 

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