O feriado de 4 de julho, tradicionalmente marcado por fogos de artifício e celebrações patrióticas, foi tragicamente interrompido por um desastre natural de proporções devastadoras. Chuvas intensas provocaram o transbordamento do Rio Guadalupe, resultando em uma das piores enchentes da história recente do estado. Entre as 82 vítimas fatais confirmadas, estão 27 meninas e monitoras de um acampamento de verão cristão chamado Camp Mystic, localizado na região montanhosa central do Texas.
Acampamento Arrastado Pela Enchente
O Camp Mystic, conhecido por receber jovens de todo o estado para atividades espirituais, recreativas e educacionais, abrigava cerca de 750 crianças na noite do desastre. Às primeiras horas da madrugada, o nível do Rio Guadalupe subiu impressionantes 9 metros em apenas duas horas, arrastando cabanas inteiras, veículos e estruturas do acampamento. Muitos foram surpreendidos no sono, sem tempo para escapar.
Resgates e Desespero
Equipes de resgate atuaram incansavelmente desde o início da tragédia, com helicópteros, cães farejadores e mergulhadores mobilizados para localizar desaparecidos. Até o momento, pelo menos 41 pessoas continuam desaparecidas, sendo 10 meninas e uma monitora entre elas.
Sobreviventes relataram momentos de pânico e bravura: algumas monitoras teriam se amarrado a árvores com cordas para salvar as crianças, e outras conduziram grupos até áreas mais altas, usando lanternas para guiar o caminho na escuridão.
Um Estado em Luto
Ao todo, mais de 80 pessoas perderam a vida em diferentes pontos do Texas devido às enchentes. O governador declarou estado de emergência em 34 condados e destacou que este é “um momento de profunda dor, mas também de união e solidariedade entre os texanos”.
Com as previsões meteorológicas indicando mais chuvas nos próximos dias, autoridades alertam para novos riscos de enchentes repentinas e reforçam a importância de evacuar áreas de risco.
Reflexões e Luto Coletivo
A tragédia provocou comoção em todo o país. Redes sociais foram inundadas de homenagens às vítimas, enquanto igrejas e centros comunitários organizam vigílias e apoio psicológico para famílias afetadas.
Para muitos, o desastre escancarou a vulnerabilidade de acampamentos e comunidades ribeirinhas frente às mudanças climáticas e à falta de sistemas eficazes de alerta precoce.