Na Vila Endres, em Guarulhos, um terreno abandonado ao lado do condomínio ATUA Guarulhos tornou-se fonte de preocupação constante para os moradores da região. O espaço, sem manutenção há anos, acumula lixo, entulho e árvores caídas, criando um cenário de risco iminente e negligência urbana.

 Riscos ambientais e acidentes à vista

O terreno, localizado próximo ao acesso da rodovia Fernão Dias e cercado por torres da Bandeirantes e pela fábrica de cerâmicas Gail, tem sido alvo de descarte irregular de resíduos. A ausência de limpeza e fiscalização contribui para a proliferação de insetos, animais peçonhentos como escorpiões e aranhas, além de queimadas frequentes que comprometem a qualidade do ar e a segurança dos moradores.

Durante as chuvas intensas de 2019, árvores do terreno caíram sobre o condomínio vizinho, causando danos materiais. Hoje, algumas permanecem “penduradas” em áreas instáveis, aumentando o risco de novos deslizamentos ou acidentes — especialmente com as chuvas recentes que têm deixado o solo ainda mais vulnerável.

Impasse jurídico e omissão pública

O maior obstáculo para a resolução do problema é a falta de identificação do proprietário do terreno. Segundo relatos dos moradores, a Prefeitura de Guarulhos afirma que não pode intervir por se tratar de área privada. No entanto, nem mesmo o poder público sabe quem é o dono do espaço, o que impede ações legais e operacionais para limpeza e contenção de riscos.

Equipes da Prefeitura têm realizado podas em vias públicas próximas, mas não podem atuar dentro do terreno, o que reforça o sentimento de abandono por parte da comunidade.

 Clamor por providências

Moradores da Vila Endres exigem que a administração municipal intensifique a busca pela identificação do proprietário e tome medidas urgentes para garantir a segurança da população. A situação, que já ultrapassa os limites da tolerância, exige uma resposta firme e coordenada entre os órgãos públicos e a Justiça.

Enquanto isso, o terreno segue como símbolo da negligência urbana: um espaço que poderia ser aproveitado para fins comunitários, mas que hoje representa apenas medo, sujeira e insegurança.