A Polícia Civil do Paraná confirmou nesta sexta-feira, 19 de setembro de 2025, a localização dos corpos de quatro homens que estavam desaparecidos desde o início de agosto, após viajarem de São Paulo ao Paraná para cobrar uma dívida. O caso, que vinha sendo tratado como desaparecimento, agora é oficialmente investigado como homicídio qualificado.
Viagem para cobrança e desaparecimento
As vítimas — Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza — partiram de São José do Rio Preto (SP) no dia 4 de agosto com destino a Icaraíma, no noroeste do Paraná. O grupo foi contratado por Alencar, morador da cidade, para ajudá-lo a cobrar uma dívida de aproximadamente R$ 255 mil relacionada à venda de uma propriedade rural.
Eles foram vistos pela última vez em uma padaria local no dia 5 de agosto, por volta das 10h. Poucas horas depois, perderam contato com familiares, e o desaparecimento foi registrado oficialmente no dia seguinte.
Descoberta dos corpos e investigação
Após semanas de buscas, a polícia encontrou o veículo das vítimas — uma picape Fiat Toro — enterrado em um bunker, coberto por lona e com marcas de sangue e disparos de arma de fogo, a cerca de 9 km da propriedade onde a dívida seria cobrada.
As escavações começaram na quinta-feira (18), e os corpos foram localizados na manhã seguinte, a apenas 500 metros do local onde o carro foi achado, cobertos por galhos e vegetação seca. A identificação foi possível por meio das roupas e objetos pessoais encontrados com os corpos.
Suspeitos e mandados de prisão
Dois homens foram apontados como principais suspeitos: Antonio Buscariollo, de 66 anos, e seu filho Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22. Ambos são considerados foragidos e já possuem mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça.
Segundo a polícia, os suspeitos receberam os agentes em sua propriedade no dia 6 de agosto, mas deixaram o local logo após serem liberados da delegacia, o que levantou suspeitas. Antonio já possui antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo.
O que falta esclarecer
A motivação exata do crime ainda está sob investigação, mas a principal linha aponta para uma emboscada premeditada durante a tentativa de cobrança. A Polícia Civil mantém o caso sob sigilo, enquanto busca identificar outros possíveis envolvidos.