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Censura disfarçada? A queda de Jimmy Kimmel após críticas à ala conservadora

Publicada em: 19/09/2025 10:53 -

A suspensão do programa Jimmy Kimmel Live! pela emissora americana ABC, anunciada em 17 de setembro de 2025, provocou uma onda de reações no meio artístico e político. Embora a justificativa oficial tenha sido os comentários do apresentador sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, especialistas e defensores da liberdade de expressão afirmam que a decisão foi motivada por pressões políticas e econômicas, e que a fala de Kimmel foi apenas o pretexto necessário para sua demissão.

O que Kimmel disse

Durante seu monólogo no programa exibido em 15 de setembro, Kimmel criticou a reação do movimento MAGA (Make America Great Again), liderado pelo presidente Donald Trump, ao assassinato de Kirk. Ele afirmou que a “gangue MAGA” estava tentando lucrar politicamente com a tragédia e ironizou a forma como Trump lamentou a morte do ativista: “Não é assim que um adulto lamenta a morte de um amigo. É como uma criança lamenta a perda de um peixinho dourado”.

 

As falas foram consideradas “ofensivas e insensíveis” por executivos da Nexstar, conglomerado que controla afiliadas da ABC, e pelo presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, que ameaçou rever licenças de transmissão da emissora.

Pressão política e censura velada

Segundo reportagem publicada pelo , a suspensão do programa foi acelerada por uma série de pressões políticas. Brendan Carr, aliado de Trump, chegou a declarar em um podcast de extrema direita que a FCC poderia “fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil”, sugerindo que a ABC enfrentaria obstáculos regulatórios caso não tomasse medidas contra Kimmel.

 

A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) classificou o episódio como um exemplo de censura disfarçada de regulação econômica, afirmando que autoridades ligadas ao governo estavam “decidindo quem pode falar, escrever e até fazer piadas”.

 Reações de Hollywood e do público

A suspensão gerou indignação entre artistas e fãs. A atriz Jamie Lee Curtis, o diretor Ben Stiller e a estrela Jean Smart se manifestaram publicamente contra o cancelamento, defendendo o direito de Kimmel à liberdade de expressão. Protestos simbólicos ocorreram em frente ao estúdio da ABC em Los Angeles, com cartazes que diziam “Trump precisa ir embora agora” e “Isso não é a América”.

Um fim anunciado?

A demissão de Kimmel ocorre meses após o encerramento do Late Show de Stephen Colbert, outro apresentador crítico de Trump. Em julho, o presidente chegou a afirmar que “Jimmy Kimmel será o próximo”, antecipando o que muitos agora veem como uma campanha coordenada para silenciar vozes dissidentes na mídia.

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