A tentativa da União Europeia (UEde aprovar um novo pacote de sanções contra a Rússia esbarrou em um impasse diplomático. Durante a cúpula realizada em Bruxelas nesta quinta-feira (26), os líderes dos 27 países-membros concordaram em prorrogar por mais seis meses as sanções já existentes, mas não conseguiram aprovar o 18º pacote de medidas devido à oposição da Eslováquia.

🇸🇰 O veto eslovaco
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, justificou sua decisão com base na forte dependência do país do gás russo. Ele se opôs ao plano da Comissão Europeia de eliminar gradualmente os contratos de importação de gás até 2027, alegando que isso prejudicaria a economia eslovaca e aumentaria os custos para os consumidores.

Reações e tensões internas
A decisão gerou críticas dentro do bloco, especialmente porque o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, havia solicitado medidas mais duras contra o comércio de petróleo russo e contra redes que facilitam o fornecimento de armas a Moscou. A Espanha também criticou o que chamou de “duplo padrão” da UE, por manter sanções contra a Rússia enquanto evita ações mais firmes contra Israel.

Sanções prorrogadas
Apesar do impasse, os líderes europeus decidiram manter em vigor as sanções atuais, que incluem o congelamento de cerca de 200 bilhões de euros do Banco Central da Rússia. Essas medidas seguirão válidas até o início de 2026.

Próximos passos
A Comissão Europeia continuará negociando para tentar viabilizar o novo pacote, que mira setores estratégicos como energia e finanças. No entanto, a exigência de unanimidade entre os membros do bloco segue sendo um obstáculo significativo.