Entre janeiro e maio de 2025, uma sequência de mortes misteriosas em São Paulo e no Rio de Janeiro revelou um padrão perturbador. A estudante de Direito Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos, foi presa sob suspeita de ser uma serial killer. Segundo a Polícia Civil, ela teria envenenado quatro pessoas em diferentes cidades, todas com algum vínculo afetivo ou social com a suspeita.
O Modus Operandi: Venenos e Confiança
As mortes ocorreram em um intervalo de cinco meses e, segundo as investigações, foram todas causadas por envenenamento. Ana Paula teria se aproximado das vítimas com aparente cordialidade, ganhado sua confiança e, em seguida, administrado substâncias tóxicas. O Ministério Público classificou os crimes como homicídios triplamente qualificados, por motivo torpe, uso de veneno e impossibilidade de defesa das vítimas.
As Vítimas
1. Marcelo Hari Fonseca – Guarulhos (SP)
Proprietário de um imóvel alugado por Ana Paula, Marcelo foi a primeira vítima identificada. Ele morreu após ingerir uma substância tóxica, supostamente administrada pela estudante. A relação entre os dois era de locador e locatária, e a motivação pode ter sido financeira.
2. Maria Aparecida Rodrigues – Guarulhos (SP)
Amiga virtual de Ana Paula, Maria Aparecida foi encontrada morta após um encontro com a suspeita. As duas se conheceram por meio de um aplicativo de relacionamentos. A polícia acredita que Ana Paula usou a confiança construída online para atrair a vítima.
3. Neil Corrêa da Silva – Duque de Caxias (RJ)
Pai de uma ex-colega de faculdade, Neil foi morto durante uma visita da estudante ao Rio de Janeiro. A relação entre os dois era indireta, mas Ana Paula teria se aproximado da família para cometer o crime. A motivação ainda está sendo investigada.
4. Hayder Mhazres – São Paulo (SP)
Namorado tunisiano de Ana Paula, Hayder foi a última vítima identificada. Ele morreu na capital paulista, também por envenenamento. A relação amorosa entre os dois levanta suspeitas sobre ciúmes, controle ou interesses financeiros como possíveis motivações.
Envolvimento Familiar
Além de Ana Paula, sua irmã gêmea, Roberta, e a filha de uma das vítimas também foram presas preventivamente. A polícia suspeita que ambas tenham ajudado na execução dos crimes, seja na administração do veneno ou na ocultação de provas.
Justiça e Desdobramentos
A Justiça paulista aceitou a denúncia contra Ana Paula pelas quatro mortes, ampliando o escopo da investigação para além de Guarulhos. A estudante está presa desde setembro e aguarda julgamento. O caso segue em andamento, com novas diligências sendo realizadas para identificar outras possíveis vítimas ou cúmplices.