A Polícia Civil de São Paulo desmantelou nesta sexta-feira, 10 de outubro de 2025, uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas localizada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A operação foi desencadeada após a morte de duas pessoas por intoxicação com metanol, substância altamente tóxica, consumida em bebidas adulteradas vendidas em bares da Zona Leste da capital paulista.
Investigação e descoberta
A investigação teve início após os primeiros casos de intoxicação registrados em um bar da Zona Leste de São Paulo, onde as vítimas ingeriram uma suposta vodka. Exames laboratoriais revelaram que a bebida continha até 45,1% de metanol — um nível letal para consumo humano.
A partir dessas evidências, os investigadores rastrearam a origem das garrafas e chegaram à fábrica clandestina em São Bernardo. O local operava ilegalmente, adquirindo etanol em postos de gasolina e misturando-o com metanol para produzir bebidas como vodka e cachaça. A adulteração visava reduzir custos de produção, mas colocava em risco a vida dos consumidores.
Prisão e ações sanitárias
Durante a operação, a proprietária da fábrica foi presa em flagrante por adulteração de bebidas e crime contra a saúde pública. A Vigilância Sanitária também interditou 12 estabelecimentos comerciais suspeitos de vender os produtos contaminados.
Riscos do metanol
O metanol é um tipo de álcool utilizado industrialmente como solvente e combustível. Quando ingerido, pode causar sintomas como náuseas, cegueira, convulsões e até morte. A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica e exige tratamento imediato.
Alerta às autoridades e à população
As autoridades reforçam o alerta para que consumidores evitem bebidas de procedência duvidosa e denunciem estabelecimentos suspeitos. A Polícia Civil continua investigando a rede de distribuição das bebidas adulteradas e não descarta novas prisões.