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Israel inicia ofensiva terrestre para ocupar Cidade de Gaza em meio a escalada do conflito

Publicada em: 16/09/2025 11:06 -

Na madrugada de 16 de setembro de 2025, o Exército de Israel deu início à fase principal de sua ofensiva terrestre contra a Cidade de Gaza, marcando um dos momentos mais intensos desde o início da guerra com o grupo Hamas em outubro de 2023. A operação, que envolve tropas terrestres, tanques, drones e bombardeios aéreos, tem como objetivo declarado eliminar o que o governo israelense chama de “último bastião” do Hamas.

Avanço militar e cenário urbano devastado

Segundo autoridades israelenses, entre 2.000 e 3.000 combatentes do Hamas ainda operam na Cidade de Gaza, que abriga centenas de milhares de civis. As tropas israelenses estão avançando em direção ao centro da cidade, após semanas de cerco e bombardeios que destruíram dezenas de edifícios residenciais.

 

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que “Gaza está em chamas” e que o país “não recuará até que a missão seja cumprida”. A ofensiva ocorre após o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aprovar um plano para tomar toda a Faixa de Gaza, começando pela capital do território palestino.

Contexto político e apoio internacional

A operação foi lançada um dia após a visita do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, a Israel. Rubio expressou apoio à ação militar e afirmou que o Hamas tem poucos dias para aceitar um acordo, caso contrário enfrentará consequências severas. Ele também visitou o Catar, país considerado chave para negociações com o grupo palestino.

 

O presidente Donald Trump declarou apoio à ofensiva, desde que seja “rápida e eficaz”, e acusou o Hamas de usar reféns como escudos humanos.

 

Impacto humanitário e críticas internacionais

A ofensiva já provocou um novo êxodo de civis. Estima-se que cerca de 350 mil pessoas tenham deixado a Cidade de Gaza, embora muitos tenham retornado por falta de abrigo no sul do território. Testemunhas relatam que há pessoas presas sob escombros e que os bombardeios são “implacáveis”.

 

Organizações internacionais, incluindo a ONU, criticaram duramente a ação. O alto comissário de Direitos Humanos, Volker Turk, pediu o fim imediato dos ataques, classificando-os como “destruição indiscriminada”. Um comitê da ONU chegou a acusar Israel de cometer genocídio, alegação que foi rejeitada pelo governo israelense como “falsa e distorcida”.

 

Um conflito sem fim à vista

 

Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou mais de 1.200 israelenses e sequestrou 251 pessoas, a guerra já deixou cerca de 65 mil mortos em Gaza, incluindo mais de 19 mil crianças. A Cidade de Gaza, epicentro da ofensiva atual, tornou-se símbolo da devastação e da complexidade geopolítica que envolve o conflito.

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