A Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um alerta contundente sobre os impactos devastadores das secas que assolaram o planeta entre 2023 e 2025. Segundo relatório divulgado pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), o mundo enfrentou alguns dos períodos de seca mais severos já registrados, com consequências econômicas, sociais e ambientais sem precedentes.
Causas e agravantes
O relatório aponta que a combinação entre mudanças climáticas e um episódio excepcionalmente intenso do fenômeno El Niño foi determinante para a intensificação das secas. O El Niño, que se estendeu de 2023 até 2024, aqueceu as águas do Pacífico e alterou padrões climáticos globais, afetando tanto países desenvolvidos quanto regiões vulneráveis.
Além disso, a má gestão dos recursos hídricos e o desmatamento contribuíram para agravar os efeitos da estiagem, especialmente em áreas como a Amazônia brasileira.
Impactos no Brasil e no mundo
- Amazônia: Entre 2023 e 2024, a região enfrentou uma das secas mais severas de sua história. A perda de 3,3 milhões de hectares de água superficial, a morte de mais de 200 botos no Lago Tefé e o colapso de serviços básicos em comunidades ribeirinhas ilustram a gravidade da situação.
- Canal do Panamá: A redução drástica das chuvas comprometeu o nível do Lago Gatún, limitando o tráfego de navios e gerando perdas estimadas em US$ 100 milhões por mês.
- Outras regiões afetadas: Sul da África, Mediterrâneo, Sudeste Asiático e América Latina também enfrentaram secas extremas, com colapsos na produção agrícola, apagões e escassez de água.
Um risco sistêmico
Especialistas da ONU destacam que a seca deve ser tratada como um risco sistêmico, e não como um evento isolado. Seus efeitos se estendem por anos, comprometendo a segurança alimentar, a biodiversidade e a estabilidade econômica. “A seca é uma assassina silenciosa”, afirmou um dos autores do relatório.
Caminhos para a resiliência
O relatório recomenda:
- Investimentos em infraestrutura hídrica sustentável
- Reflorestamento e proteção de ecossistemas
- Políticas públicas de adaptação climática
- Cooperação internacional para mitigar os efeitos da desertificação
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