Entre os dias 15 e 17 de junho de 2025, os líderes das sete maiores economias do mundo — Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido — reuniram-se na remota vila de Kananaskis, no Canadá, para a 50ª edição da Cúpula do G7. O encontro foi marcado por um cenário geopolítico turbulento, com conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, além de desafios globais como segurança energética e mudanças climáticas.
Segurança reforçada e cenário inusitado
A escolha de Kananaskis, uma vila cercada por montanhas e florestas, visava garantir discrição e segurança. Curiosamente, além de manifestantes, as autoridades canadenses também precisaram se preparar para a presença de ursos na região, instalando cercas elétricas e utilizando drones e cães treinados para manter a fauna local afastada.
Crises internacionais no centro do debate
A tensão entre Israel e Irã dominou parte das discussões. Em comunicado conjunto, os líderes do G7 reafirmaram que o Irã “nunca poderá ter uma arma nuclear” e pediram um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. O presidente dos EUA, Donald Trump, deixou a cúpula antes do encerramento para tratar da crise com seu Conselho de Segurança Nacional.
Brasil e a diplomacia climática
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou como convidado especial e teve encontros bilaterais com o primeiro-ministro canadense Mark Carney e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Lula aproveitou a ocasião para reforçar o convite à COP 30, que será realizada em Belém, e destacou a importância da preservação ambiental e da segurança energética.
Desafios e perspectivas
A cúpula também abordou a diversificação das cadeias de suprimento de minerais críticos, inovação tecnológica e infraestrutura sustentável. Apesar das divergências políticas — especialmente envolvendo Trump — o encontro buscou reafirmar o papel do G7 como fórum de cooperação e liderança global.