Nos Estados Unidos, a política de deportação de imigrantes se transformou em um setor altamente lucrativo, movimentando bilhões de dólares anualmente. Empresas privadas que operam centros de detenção, transporte e serviços básicos para imigrantes passaram a lucrar significativamente com contratos governamentais.

Desde o início do governo Trump, os gastos federais com deportações aumentaram em 50%, totalizando mais de US$ 13 bilhões na última década. Empresas como LaSalle Corrections e Management and Training Corp. administram centros de detenção que recebem milhões de dólares em contratos públicos. O custo diário por detento pode variar entre US$ 48 e US$ 106, dependendo da unidade.

Além da detenção, serviços como alimentação e atendimento médico também são terceirizados. Empresas como B&H International e Amergis Healthcare Staffing receberam milhões de dólares para fornecer refeições e cuidados médicos aos imigrantes detidos. A prática de transferências frequentes entre centros de detenção dificulta o rastreamento dos imigrantes e aumenta os custos operacionais, beneficiando ainda mais as corporações envolvidas.

O impacto humano dessa indústria bilionária é evidente em casos como o do venezuelano Andry Blanco Bonilla, que passou mais de um ano sendo transferido entre centros de detenção antes de ser deportado para uma prisão de segurança máxima em El Salvador. Sua trajetória ilustra como empresas lucram em todas as etapas do processo de deportação.

Com a intensificação das políticas de imigração, especialistas alertam para a necessidade de maior transparência e regulamentação sobre os contratos públicos envolvidos. Enquanto isso, o setor privado continua a expandir sua participação nesse mercado, consolidando a deportação como um dos negócios mais lucrativos do sistema de imigração americano.

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