
O mundo da fotografia perdeu nesta sexta-feira, 23 de maio de 2025, um de seus maiores expoentes: Sebastião Salgado faleceu aos 81 anos em Paris, vítima de complicações decorrentes de uma malária contraída em 2010 durante o projeto "Gênesis" .
Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Salgado formou-se em Economia e iniciou sua carreira como fotógrafo nos anos 1970, após se mudar para Paris durante a ditadura militar brasileira . Seu trabalho, marcado por imagens em preto e branco, retratou temas como migração, trabalho e meio ambiente, sempre com um olhar humanista.
Entre suas obras mais conhecidas estão os livros "Trabalhadores", "Êxodos" e "Gênesis", além do projeto "Amazônia", que documenta a diversidade e as ameaças enfrentadas pela floresta . Em 1998, fundou com sua esposa, Lélia Wanick Salgado, o Instituto Terra, dedicado à restauração ambiental no Brasil .
Salgado recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira, incluindo o Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes em 1998 . Em 2014, foi tema do documentário "O Sal da Terra", dirigido por seu filho Juliano Ribeiro Salgado e Wim Wenders .
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva homenageou o fotógrafo, destacando seu compromisso com a justiça social e sua capacidade de comover consciências com suas imagens .
Sebastião Salgado deixa sua esposa, dois filhos e dois netos, além de um legado inestimável para a fotografia e a luta por um mundo mais justo e sustentável.